quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Alimentação na 3ª Idade

Com os avanços da tecnologia e da medicina, a expectativa de vida do Homem aumenta a cada estudo realizado. No Brasil, considera-se uma pessoa idosa a partir de 60 anos (terceira idade), segundo a Organização das Nações Unidas (ONU,1985).
                                            
A alimentação adequada contribui para o controle e prevenção de várias doenças crônicas, comumente presentes na terceira idade.
As bases para uma alimentação adequada são as mesmas, porém cada fase da vida merece cuidados especiais. A alimentação na terceira idade não é diferente da alimentação do adulto, mas deve ser direcionada em função de alterações que ocorrem no organismo.
Alguns fatores podem contribuir para uma alimentação inadequa-da no idoso:
Sensoriais: diminuição do olfato e paladar, levando à inapetência e possível desnutrição.

•  Odontológicos: falta de dentes; dentaduras mal adaptadas; levando à diminuição da ingestão de carnes, hortaliças e frutas.

Deglutição: diminuição da salivação, dificultando a deglutição; doenças do esôfago e da garganta; podem levar à monotonia do cardápio e inapetência.

•  Psicológicos: depressão, solidão, apatia, tristeza, podendo levar à inapetência.

Sociais: baixo poder econômico; dependência de outra pessoa para o preparo da alimentação ou dando preferência para alimentos de fácil preparo, porém ricos em carboidrato e gordura, e pobres em fibras, vitaminas e minerais.

Doenças: diabetes, hipertensão, hepatopatias, pulmonares, neurológicas, cardíacas, gastrointestinais (dificultando a digestão e absorção); uso prolongado de medicamentos.

Atividade física: geralmente diminuída, favorecendo ganho de peso e obstipação intestinal.

Dicas para o planejamento da alimentação do idoso:
 
Fornecer calorias suficientes para evitar a obesidade ou desnutrição, principalmente através dos carboidratos. Fontes: arroz, batata, mandioca, farinhas em geral, pães, bolachas, massas, etc.

Não fornecer muito açúcar ou doces, para evitar o excesso de peso. Dar preferência a frutas como sobremesa.

Fornecer alimentos ricos em proteína, para preservar a musculatura, sistema imunológico, cicatrização de escaras. Fontes: leite, carnes, ovos, leguminosas (feijão, lentilha, ervilha, grão de bico, soja, observando se há formação de gases).

Evitar gorduras saturadas, que podem aumentar o colesterol sanguíneo e causar problemas circulatórios como derrame cerebral e infarto do miocárdio. Dar preferência para azeite de oliva, óleo de milho, canola, girassol.

Fornecer hortaliças e frutas, de preferência picadas e cruas, ligeiramente cozidas em pouca água ou feitas no vapor, a fim de preservar vitaminas, minerais e fibras.

Oferecer alimentos ricos em ferro, tais como carnes em geral (bovina, aves, peixes, fígado e miúdos), leguminosas (feijão, lentilha, ervilha, soja, grão de bico), verduras de cor verde escuro (espinafre, couve, etc). O ferro é melhor absorvido na presença de alimentos ricos em vitamina C, como laranja, tangerina, morango, maracujá, acerola, kiwi, goiaba, limão, caju, etc.

Fornecer leite e derivados, 3 porções ao dia, para suprir as necessidades de cálcio e vitamina D,sendo que esta última pode ser obtida pela exposição diária ao sol fraco. Se houver intolerância ao leite na forma líquida, oferecer iogurte, leite fermentado ou queijo fresco.

Dicas para o planejamento da alimentação do idoso:

Na presença de diarréia, trocar o leite de vaca por leite de soja ou suco de soja. Evitar alimentos ricos em fibras e oferecer polpa de maçã, banana maçã, bastante água, água de coco ou sucos bem diluídos.

No caso de obstipação intestinal, oferecer alimentos ricos em fibras, que facilitem o funcionamento intestinal, como verduras cruas (alface, almeirão, agrião, etc), frutas cruas como laranja (com bagaço), mamão, frutas secas (ameixa, uva passa, etc), legumes como abobrinha, quiabo, abóbora, etc, alimentos integrais como pão integral, arroz integral, aveia, além de farelo e germe de trigo, que podem ser adicionados a frutas, leite, sucos.

Oferecer 6 a 8 copos de líquidos durante os intervalos das refeições, como água, chá, sucos, para evitar a desidratação e melhorar o hábito intestinal.

Fracionar a alimentação em 5 a 6 pequenas refeições ao dia, facilitando a digestão e aproveitamento dos nutrientes.

Oferecer a alimentação com o idoso sempre sentado ou levemente reclinado, para evitar refluxo para o esôfago e aspiração para o pulmão.

No caso de falta de dentes ou próteses mal adaptadas, oferecer preparações de consistência macia, como sopas cremosas, purês, carnes moídas ou desfiadas, arroz mais amolecido, frutas amassadas ou na forma de papas, vitaminas, mingaus.

Acentuar o sabor dos alimentos com ervas e condimentos, uma vez que o paladar e o olfato podem estar diminuídos. Evite o excesso de sal e temperos prontos.

• Fazer o idoso participar das refeições juntamente com a família.

Levar em consideração as restrições dietéticas orientadas devido a doenças como diabetes, hipertensão, problemas cardíacos, hepáticos, gastrointestinais, etc.

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