Guia Alimentar para População (Diretrizes)

DIRETRIZ 1 - Os Alimentos Saudáveis e Refeições

Todos
• Refeições são saudáveis quando preparadas com alimentos variados, com tipos e quantidades adequadas às fases do curso da vida, compondo refeições coloridas e saborosas que incluem alimentos tanto de origem vegetal como animal.
• Para garantir a saúde, faça pelo menos três refeições por dia (café da manhã, almoço e jantar), intercaladas por pequenos lanches.
• A alimentação saudável tem início com a prática do aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade e complementar até pelo menos os dois anos, e se prolonga pela vida com adoção de bons hábitos alimentares.

Profissionais de saúde
Orientar:

• Sobre a necessidade de se realizar pelo menos três refeições diárias, intercaladas com lanches saudáveis.
• Quanto à importância da consulta e interpretação da informação nutricional e da lista de ingredientes presentes nos rótulos dos alimentos, para a seleção de alimentos mais saudáveis.
• As mulheres durante a gestação sobre a importância da prática do aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade da criança e sobre os passos para a alimentação complementar após este período.
Saber que:
• Os cereais de preferência integrais, frutas, legumes e verduras e leguminosas (feijões), no seu conjunto, devem fornecer mais da metade (55% a 75%) do total de energia diária da alimentação.

Governo e setor produtivo de alimentos
• Aumentar e incentivar a produção, processamento, abastecimento e comercialização de todos os tipos de alimentos que compõem uma alimentação saudável.
• Implementar programas de orientação e educação nutricional, de forma continuada, respeitando a identidade cultural das populações.
• Garantir a qualidade dos alimentos – in natura e processados – colocados no mercado para consumo da população.
• Implantar, fiscalizar e exigir a implantação das Boas Práticas de Manipulação de Alimentos em locais de processamento, manipulação, venda e consumo de alimentos.
• Assegurar o cumprimento da legislação que promove o aleitamento materno enquanto direito da criança à alimentação adequada.
• Garantir que programas públicos de alimentação e nutrição incorporem os princípios da alimentação saudável.
• Regulamentar estratégias de marketing de alimentos, em todas as formas de mídia, principalmente para aquelas direcionadas para crianças e adolescentes.
Família
• Consuma diariamente alimentos como cereais integrais, feijões, frutas, legumes e verduras, leite e derivados e carnes magras, aves ou peixes.
• Diminua o consumo de frituras e alimentos que contenham elevada quantidade de açúcares, gorduras e sal.
• Valorize a sua cultura alimentar e mantenha seus bons hábitos alimentares.
• Saboreie refeições variadas, ricas em alimentos regionais saudáveis e disponíveis na sua comunidade.
• Escolha os alimentos mais saudáveis, lendo as informações nutricionais dos rótulos dos alimentos.
• Alimente a criança somente com leite materno até a idade de seis meses e depois complemente com outros alimentos, mantendo o leite materno até os dois anos ou mais.
• Procure nos serviços de saúde orientações a respeito da maneira correta de introduzir alimentos complementares e refeições quando a criança completar seis meses de vida.


Carboidratos totais: 55% a 75% do valor energético total (VET). Desse total, 45% a
65% devem ser provenientes de carboidratos complexos e fibras e menos de 10%
de açúcares livres (ou simples) como açúcar de mesa, refrigerantes e sucos artificiais, doces e guloseimas em geral.

Gorduras: 15% a 30% do valor energético total (VET) da alimentação. As gorduras
(ou lipídios) incluem uma mistura de substâncias com alta concentração de energia
(óleos e gorduras), que compõem, em diferentes concentrações e tipos, alimentos
de origem vegetal e animal. São componentes importantes da alimentação
humana, pois são fontes de energia; contudo o consumo excessivo de gorduras
saturadas está relacionado a várias doenças crônicas não-transmissíveis (doenças
cardiovasculares, diabetes, obesidade, acidentes cerebrovasculares e câncer).

Proteínas: 10% a 15% do valor energético total (VET). São componentes dos alimentos de origem vegetal e animal que fornecem os aminoácidos, substâncias importantes e envolvidas em praticamente todas as funções bioquímicas e fisiológicas do organismo humano. As fontes alimentares mais importantes são as carnes em geral, os ovos e as leguminosas (feijões).
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DIRETRIZ 2 - Cereais, Tubérculos e Raízes

Todos
• Arroz, milho e trigo, alimentos como pães e massas, preferencialmente na forma
integral; tubérculos como as batatas; raízes como a mandioca devem ser a mais
importante fonte de energia e o principal componente da maioria das refeições.

Profissionais de saúde
Orientar:

• O consumo de alimentos ricos em carboidratos complexos (amidos), como cereais, de preferência integrais, tubérculos e raízes, para garantir 45% a 65% da energia total diária da alimentação.
• O consumo diário de 6 porções de cereais, tubérculos e raízes.
Saber que:
• A presença diária desses alimentos na alimentação vem diminuindo (em 1974,
correspondia a 42,1% e em 2003 era de 38,7%). Essa tendência deve ser revertida, por meio do incentivo ao consumo desses grupos de alimentos pela população, na forma in natura. Para atender ao limite mínimo recomendado (45%), o consumo atual deve ser aumentado em aproximadamente em 20%.
• No Brasil, é obrigatória a fortificação das farinhas de trigo e milho com ferro e ácido fólico, estratégia que objetiva a redução da anemia ferropriva e de problemas
relacionados à má-formação do tubo neural. A orientação de consumo dessas farinhas é particularmente importante para crianças, idosos, gestantes e mulheres em idade fértil.

Governo e setor produtivo de alimentos
• Promover a produção, industrialização, comercialização e consumo de todos os tipos de alimentos ricos em carboidratos, preferencialmente os integrais e os regionais produzidos em nível local.
• Incentivar a pesquisa e incorporação de tecnologia de processamento que preserve o valor nutritivo dos alimentos.
• Assegurar e fomentar a incorporação de cereais, tubérculos e raízes nos programas institucionais de alimentação.

Família
Coma diariamente 6 porções do grupo de arroz, pães, massas, tubérculos e raízes. Dê preferência aos grãos integrais.

 
Como uma das orientações para uma alimentação saudável, o grupo dos carboidratos totais (complexos + açúcares livres ou simples) deve fornecer de 55% a 75% do valor energético total (VET) da alimentação diária; destes, mais da metade da energia fornecida deverá ter origem em alimentos ricos em carboidratos complexos (grãos, tubérculos e raízes), ou seja, 45% a 65% do VET. Uma alimentação que atenda a essa recomendação traz muitos benefícios, principalmente quando se utilizam carboidratos em sua forma integral.

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DIRETRIZ 3 - Frutas, Legumes e Verduras


Todos
• Frutas, legumes e verduras são ricos em vitaminas, minerais e fibras e devem estar presentes diariamente nas refeições, pois contribuem para a proteção à saúde e diminuição do risco de ocorrência de várias doenças.

Profissionais de saúde
Orientar:

• O consumo diário de 3 porções de frutas e 3 porções de legumes e verduras nas
refeições diárias.
• Sobre a importância de variar o consumo desses grupos de alimentos nas diferentes refeições e ao longo da semana.
• E informar sobre a grande variedade desses alimentos disponíveis em todas as regiões do País e incentivar diferentes modos de preparo desses alimentos para valorizar o sabor.
Saber que:
• A participação de frutas, legumes e verduras no valor energético total fornecido pela alimentação das famílias brasileiras, independentemente da faixa de renda, é baixa, variando de 3% a 4%, entre 1974-2003.
• O consumo mínimo recomendado de frutas, legumes e verduras é de 400 gramas/dia para garantir 9% a 12% da energia diária consumida, considerando uma dieta de 2.000kcal. Isso significa aumentar em pelo menos 3 vezes o consumo médio atual da população brasileira.

Governo e setor produtivo de alimentos:
• Valorizar e promover a produção e o processamento, com preservação do valor nutritivo de frutas, legumes e verduras, principalmente os de origem local, na perspectiva do desenvolvimento sustentável.
• Fomentar mecanismos de redução dos custos de produção e comercialização desses alimentos.
• Criar estratégias que viabilizem a instalação de rede local de comercialização, facilitando o acesso regular da população a esses alimentos, a preços acessíveis.
• Monitorar segundo a legislação o uso de agentes químicos (agrotóxicos)
potencialmente prejudiciais à saúde.
• Viabilizar campanhas e outras iniciativas de comunicação social e de educação que valorizem e incentivem o consumo desses alimentos.
• Assegurar a presença desses alimentos nos programas públicos e/ou institucionais de alimentação e nutrição (como o Programa de Alimentação do Trabalhador, Programa de Alimentação Escolar e outros) e nas refeições das populações institucionalizadas.

Família
• Coma diariamente pelo menos 3 porções de legumes e verduras como parte das
refeições e 3 porções ou mais de frutas nas sobremesas e lanches.
• Valorize os produtos da sua região e varie o tipo de frutas, legumes e verduras
consumidos na semana. Compre os alimentos da estação e esteja atento para sua
qualidade e estado de conservação
.

Para alcançar o consumo recomendado como saudável para esses grupos de alimentos (9% a 12% do VET, considerando uma dieta de 2.000kcal), é preciso aumentar em quase três vezes o consumo médio atual da população, tendo-se como meta quantitativa mínima o valor de 400g/dia per capita.
 
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DIRETRIZ 4 - Feijões e outros alimentos vegetais ricos em proteína


Todos
• As leguminosas como os feijões e as oleaginosas como as castanhas e sementes são alimentos fundamentais para a saúde.
• A preparação típica brasileira feijão com arroz é uma combinação alimentar saudável e completa em proteínas.

Profissionais de saúde
Orientar e estimular:

• O consumo diário de 1 porção de leguminosas (feijões).
• O consumo diário de feijão com arroz, na proporção de 1 para 2 partes.
• O consumo de modo a que as leguminosas como feijões, lentilhas, ervilha seca, grão de bico, soja e outros garantam, no mínimo, 5% do total de energia diária.
• O consumo de castanhas e sementes, inclusive como ingredientes de diferentes
preparações.
• O uso de diferentes modos de preparo para a valorização do sabor de todos os tipos de leguminosas.
Saber que:
• Embora a participação relativa de feijões na alimentação brasileira (5,68%) ainda esteja dentro da faixa recomendada de consumo, há uma tendência de queda preocupante, necessitando ser revertida em curto espaço de tempo.

Governo e setor produtivo de alimentos
• Promover a produção, processamento, comercialização e consumo de todos os tipos de leguminosas e oleaginosas, principalmente as originárias do Brasil, valorizando os hábitos alimentares regionais.
• Fomentar mecanismos de redução dos custos de produção e comercialização de
leguminosas, sementes e castanhas.
• Assegurar a utilização de feijão e outras leguminosas, de acordo com os hábitos
alimentares locais, em programas de alimentação nas escolas, creches e outras
instituições.
• Desenvolver ações de valorização da culinária nacional que promovam o consumo de preparações e alimentos saudáveis, inclusive por meio de campanhas educativas e informativas nos meios de comunicação.

Família
• Coma 1 porção de feijão por dia. Varie os tipos de feijões usados (preto, carioquinha, verde, de-corda, branco e outros) e as formas de preparo. Use também outros tipos de leguminosas (soja, grão de bico, ervilha seca, lentilha, fava).
• Coma feijão com arroz na proporção de 1 parte de feijão para 2 partes de arroz,
cozidos. Esse prato brasileiro é uma combinação completa de proteínas e bom para a saúde.

Os alimentos vegetais mais ricos em proteínas são as leguminosas; quando cozidos,
contêm 6% a 11% de proteína. As leguminosas incluem os feijões verde, branco, jalo, preto, largo, flageolé, carioquinha, azuki, da-colônia, manteiguinha, rim, mungo, pinto, fradinho, decorda ou macassar, guandu ou andu, mangalô e também as lentilhas, ervilhas secas, fava, soja e grão-de-bico. 


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DIRETRIZ 5 - Leite e derivados, carnes e ovos


Todos
• Leite e derivados, principais fontes de cálcio na alimentação, e carnes, aves, peixes e ovos fazem parte de uma alimentação nutritiva que contribui para a saúde e para o crescimento saudável.
• Os tipos e as quantidades desses alimentos devem ser adequados às diferentes fases do curso da vida. Leites e derivados devem ser preferencialmente desnatados, para os adultos, e integrais para crianças, adolescentes e gestantes.

Profissionais de saúde
Orientar:

• O consumo diário de 3 porções de leite e derivados.
• O consumo diário de 1 porção de carnes, peixes ou ovos.
• Sobre o alto valor biológico das proteínas presentes nos ovos, carnes, peixes, leite e derivados.
• Sobre a alta biodisponibilidade do ferro presente nas carnes, principalmente nos
miúdos e nas vísceras e peixes.
• E informar que leite e derivados são fontes de proteínas, vitaminas e a principal fonte de cálcio da alimentação, nutriente fundamental para a formação e manutenção da massa óssea. O consumo desse grupo de alimentos é importante em todas as fases do curso da vida, particularmente na infância, na adolescência, na gestação e para adultos jovens.
• A escolha de produtos que contenham menor teor de gordura. O leite e seus derivados, para adultos que já completaram seu crescimento, deve ser preferencialmente desnatado. Crianças, particularmente, e adolescentes devem consumir leite e derivados na forma integral, desde que não haja contra-indicação em seu uso, definida por médico ou nutricionista.

Governo e setor produtivo de alimentos
• Promover a produção, processamento, comercialização e consumo de leite e laticínios e outros alimentos de origem animal com baixos teores de gordura, tornando-os mais acessíveis – física e financeiramente – a toda a população.
• Aumentar a disponibilidade interna de peixes por meio da produção sustentável e
incentivar o seu consumo por toda a população.

Família
Consuma diariamente:

• 3 porções de leite e derivados. Os adultos, sempre que possível, devem escolher leite e derivados com menores quantidades de gorduras. Crianças, adolescentes e mulheres gestantes devem consumir a mesma quantidade de porções, porém usando leite e derivados na forma integral.
• 1 porção de carnes, peixes ou ovos. Prefira as carnes magras e retire toda a gordura aparente antes da preparação.
• Coma mais frango e peixe e sempre prefira carne com baixo teor de gordura. Charque e derivados de carne (salsicha, lingüiça, presuntos e outros embutidos) contêm, em geral, excesso de gorduras e sal e somente devem ser consumidos ocasionalmente.
• Coma pelo menos uma vez por semana vísceras e miúdos, como o fígado bovino,
coração de galinha, entre outros. Esses alimentos são excelentes fontes de ferro,
nutriente essencial para evitar anemia, em especial em crianças, jovens, idosos e
mulheres em idade fértil.

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DIRETRIZ 6 - Gorduras, açúcares e sal


Todos
• As gorduras e os açúcares são fontes de energia.
• O consumo freqüente e em grande quantidade de gorduras, açúcar e sal aumenta o risco de doenças como obesidade, hipertensão arterial, diabetes e doenças do coração.
• Utilize sempre o sal fortificado com iodo (sal iodado).

Profissionais de saúde
Orientar:

• A redução do consumo de alimentos com alta concentração de sal, açúcar e gordura para diminuir o risco de ocorrência de obesidade, hipertensão arterial, diabetes, dislipidemias e doenças cardiovasculares.
• Sobre a importância da consulta e interpretação da informação nutricional e da lista de ingredientes nos rótulos dos alimentos para seleção de alimentos mais saudáveis.

Em relação ao consumo de GORDURAS
Saber que:

• A contribuição de gorduras e óleos, de todas as fontes, não deve ultrapassar os limites de 15% a 30% da energia total da alimentação diária. Uma vez que os dados disponíveis de consumo alimentar no Brasil são indiretos e baseados apenas na disponibilidade domiciliar de alimentos, é importante que o consumo de gorduras seja limitado para que não se ultrapasse a faixa de consumo recomendada.
• O total de gordura saturada não deve ultrapassar 10% do total da energia diária.
• O total de gordura trans consumida deve ser menor que 1% do valor energético total diário (no máximo 2g/dia para uma dieta de 2.000 kcal).

Orientar:
• O consumo máximo diário de 1 porção de alimentos do grupo dos óleos e gorduras, dando preferência aos óleos vegetais, azeite e margarinas livres de ácidos graxos trans.
• Sobre os diferentes tipos de óleos e gorduras e seus distintos impactos sobre a saúde.

Em relação ao consumo de AÇÚCARES
Saber que:

• O consumo de açúcares simples não deve ultrapassar 10% da energia total diária. Isso significa redução de, pelo menos, 33% (um terço) na média atual de consumo da população.

Orientar:
• O consumo máximo diário de 1 porção de alimentos do grupo dos açúcares e doces.
• E informar que os açúcares são fonte de energia e podem ser encontrados naturalmente nos alimentos, como frutas e mel, ou ser adicionados em preparações e alimentos processados.
• A redução do consumo de alimentos e bebidas processados com alta concentração de açúcar e das quantidades de açúcar adicionado nas preparações caseiras e bebidas.

Em relação ao consumo de SÓDIO (sal)
Saber que:

• O consumo de sal diário deve ser no máximo de 5g/dia (1 colher rasa de chá por
pessoa). Isso significa que o consumo atual médio de sal pela população deve ser
reduzido à metade. Esta quantidade é suficiente para atender às necessidades de
iodo.

Orientar:
• E informar que o sal de cozinha possui sódio. Este mineral quando consumido em
excesso é prejudicial à saúde.
• Que todo o sal consumido deve ser iodado.
• Que o sal destinado ao consumo animal não deve ser utilizado pelas famílias das zonas rurais, pois este sal não contém a quantidade de iodo necessária para garantir a saúde de seres humanos.
• A redução do consumo de alimentos processados com alta concentração de sal, como temperos prontos, caldos concentrados, molhos prontos, salgadinhos, sopas
industrializadas e outros.

Governo e setor produtivo de alimentos
• Investir no desenvolvimento de tecnologia que atenda aos princípios da alimentação saudável. A redução substancial no consumo do sal, açúcares e gorduras exige mudanças imediatas nas práticas de industrialização de alimentos.
• Desenvolver e adotar técnicas de produção de alimentos, a custos acessíveis, que
resultem em produtos com menores quantidades de açúcares, gorduras e sal. Este
princípio deve nortear a produção industrial em geral e não ser restrito apenas para o grupo dos chamados “alimentos para fins especiais”.
• Garantir que todo o sal para consumo humano seja iodado e atenda aos teores de
iodação estabelecidos pela legislação nacional vigente.
• Regulamentar o comércio, a propaganda e as estratégias de marketing de alimentos densamente energéticos (altos teores de gorduras e açúcar) e com teor elevado de sal.

Família
• Reduza o consumo de alimentos e bebidas concentrados em gorduras, açúcar e sal. Consulte a tabela de informação nutricional dos rótulos dos alimentos e compare-os para ajudar na escolha de alimentos mais saudáveis; escolha aqueles com menores percentuais de gorduras, açúcar e sódio.
• Use pequenas quantidades de óleo vegetal quando cozinhar. Prefira formas de preparo que utilizam pouca quantidade de óleo, como assados, cozidos, ensopados, grelhados. Evite frituras.
• Consuma não mais que 1 porção por dia de óleos vegetais, azeite ou margarina
sem ácidos graxos trans.
• Consuma não mais que 1 porção do grupo dos açúcares e doces por dia.
• Reduza a quantidade de sal nas preparações e evite o uso do saleiro à mesa.
A quantidade de sal por dia deve ser, no máximo, 1 colher de chá rasa, por pessoa,
distribuídas em todas as preparações consumidas durante o dia.
• Utilize somente sal iodado. Não use sal destinado ao consumo de animais. Ele é
prejudicial à saúde humana.
• Valorize o sabor natural dos alimentos, reduzindo o açúcar ou o sal adicionado a eles. Acentue o sabor de alimentos cozidos e crus utilizando ervas frescas ou secas ou suco de frutas como tempero.

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DIRETRIZ 7 - Água

Todos
• A água é um alimento indispensável ao funcionamento adequado do organismo.
• Toda água que você beber deve ser tratada, filtrada ou fervida.

Profissionais de saúde
Orientar:

• E incentivar o consumo de água independente de outros líquidos.
• As pessoas a ingerir no mínimo 2 litros de água por dia (6 a 8 copos), preferencialmente
entre as refeições. Essa quantidade pode variar de acordo com a atividade física e com a temperatura do ambiente.
• A oferta ativa e regular de água às crianças e aos idosos ao longo do dia.
• Sobre os cuidados domésticos que garantam a qualidade e segurança da água a ser consumida pela família.

Governo e setor produtivo de alimentos
• Garantir o acesso e a qualidade da água tratada para toda a população brasileira.
Sistemas de abastecimento seguro de água são requisito fundamental para a saúde
pública.
• Promover a expansão da rede pública de saneamento, permitindo a capilarização dos equipamentos de fornecimento de água tratada em domicílios, espaços públicos, escolas, locais de trabalho e outras unidades coletivas de acolhimento de populações específicas (carcerárias, idosos, crianças, entre outras).
• Garantir e preservar os mananciais de água em território nacional, como requisito para a saúde e elemento de soberania nacional.

Família
• Use água tratada ou fervida e filtrada, para beber e para preparar refeições e sucos ou outras bebidas.
• Beba pelo menos de 2 litros (6 a 8 copos) de água por dia. Dê preferência ao consumo de água nos intervalos das refeições.
• Ofereça água para crianças e idosos ao longo de todo o dia. Eles precisam ser estimulados ativamente a ingerir água.
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DIRETRIZ ESPECIAL 8 -Atividade Física


Todos
• A alimentação saudável e a atividade física regular são aliadas fundamentais para a manutenção do peso saudável, redução do risco de doenças e melhoria da qualidade de vida.

Profissionais de saúde
• Abordar de maneira integrada a promoção da alimentação saudável e o incentivo à
prática regular de atividade física.
• Orientar sobre a importância do equilíbrio entre o consumo alimentar e o gasto
energético para a manutenção do peso saudável, em todas as fases do curso da vida.
• Utilizar a avaliação antropométrica, nos serviços de saúde (Sisvan), para
acompanhamento do peso saudável de pessoas em quaisquer fases do curso da vida.
• Estimular a formação de grupos para prática de atividade física e orientação sobre
alimentação saudável nos serviços de saúde, escolas e outros espaços comunitários, sob supervisão de profissional capacitado.

Governo e setor produtivo de alimentos

• Proteger, criar e manter ambientes urbanos e rurais, nos quais a prática de atividade física diária seja viável, adequada, agradável e segura.
• Adequar espaços urbanos criando áreas para pedestres, pistas destinadas a ciclistas, espaços e quadras comunitários, parques e clubes comunitários, mantendo-os bem conservados.
• Criar oportunidades de tempo e espaço para prática de atividade física nas
comunidades e nos locais de trabalho.
• Valorizar a atividade física regular nas escolas e práticas lúdicas ativas em creches e préescolas.
• Fortalecer políticas públicas de incentivo aos esportes.
• Desenvolver formas de divulgação e comunicação social que informem e valorizem a adoção de modos de vida saudáveis, conjugando a promoção da alimentação saudável e a prática de atividade física regular.

Família
• Torne seu dia-a-dia e lazer mais ativos. Acumule pelo menos 30 minutos de atividade física todos os dias. Movimente-se! Descubra um tipo de atividade física agradável! O prazer é também fundamental para a saúde.
• Procure nos serviços de saúde orientações sobre alimentação saudável e atividade física.
• Caminhe, dance, ande de bicicleta, jogue bola, brinque com crianças. Escolha estas e outras atividades para movimentar-se.
• Aproveite o espaço doméstico e espaços públicos próximos a sua casa para movimentarse. Convide os vizinhos e amigos para acompanhá-lo.
• Incentive as crianças a realizar brincadeiras que fazem parte de nossa cultura popular e que sejam ativas como aquelas que você fazia na sua infância e ao ar livre: pular corda, correr, amarelinha, esconde-esconde, pega-pega, andar de bicicleta e outras. Oriente-as a não ficar muito tempo na frente da televisão ou em jogos de computador. Estimuleas a dividir o tempo de lazer entre essas duas opções.

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DIRETRIZ ESPECIAL 9 -Qualidade Sanitária dos alimentos

Todos
• A garantia da qualidade sanitária dos alimentos implica a adoção de medidas
preventivas e de controle em toda a cadeia produtiva, desde sua origem até o consumo do alimento no domicílio. A manipulação dos alimentos segundo as boas práticas de higiene é essencial para redução dos riscos de doenças transmitidas pelos alimentos.

Profissionais de saúde
• Orientar sobre as medidas preventivas e de controle, incluindo as práticas de higiene, que devem ser adotadas na cadeia produtiva, nos serviços de alimentação, nas unidades de comercialização e nos domicílios, a fim de garantir a qualidade sanitária dos alimentos.
• Informar que alimentos manipulados ou conservados inadequadamente são fatores de risco importantes para muitas doenças.

Governo e setor produtivo de alimentos
Governo

• Adotar medidas multissetoriais e multidisciplinares que visem à promoção da qualidade sanitária dos alimentos nos níveis local, nacional e internacional.
• Garantir uma legislação e um sistema de controle e fiscalização eficiente para que em todas as etapas da cadeia de alimentos sejam adotadas medidas necessárias para que a população disponha de produtos seguros para o consumo.
• Estabelecer parcerias com setores de apoio ao segmento produtivo e comercial de
alimentos com objetivo de disseminar e apoiar a implementação da legislação por meio de capacitações, orientações técnicas e assessorias aos estabelecimentos.
• Orientar a população sobre os riscos relacionados à incorreta manipulação e
conservação dos alimentos e sobre as medidas e práticas de higiene que devem ser
adotadas a fim de prevenir esses riscos.
• Adotar medidas de intervenção em situações que se caracterizem como de riscos
iminentes à saúde.

Setor produtivo de alimentos
• Adotar as medidas preventivas e de controle, incluindo as boas práticas de higiene, necessárias para que a população disponha de produtos seguros para o consumo.
• Capacitar os manipuladores de alimentos nos temas relacionados à prática de higiene e à correta manipulação dos alimentos, conscientizando-os sobre sua responsabilidade na prevenção das doenças transmitidas por alimentos.

Família
• Ao manipular os alimentos, siga as normas básicas de higiene, na hora da compra, da preparação, da conservação e do consumo de alimentos.