domingo, 18 de dezembro de 2016

Nutrição e imunomodulação do paciente oncológico

A nutrição possui relação direta com o sucesso no tratamento do paciente oncológico. O estado nutricional do paciente é afetado tanto pela presença de um tumor, quanto pelo tratamento administrado. Quando há depleção no estado nutricional, ocorre diminuição da função imune, favorecendo o avanço da doença.
    Desta forma, a imunonutrição colabora para a diminuição das taxas de infecções e do tempo de hospitalização no tratamento de pacientes com câncer. 
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    "Câncer" é um termo genérico utilizado para representar um conjunto de mais de 100 doenças, incluindo as neoplasias malignas. É uma enfermidade multicausal crônica, caracterizada pelo cresimento descontrolado de células. Seu desenvolvimento envolve alterações no DNA e, quando estas células lesadas "escapam" dos mecanismos de defesa do organismo contra o crescimento e disseminação destas, é estabelecida uma neoplasia.
    Os tipos mais incidentes de câncer são: o câncer de pele não melanoma, mama, próstata, pulmão, colo do útero e intestino.
    A desnutrição grave, normalmente ocorrida em pacientes oncológicos, afeta de forma adversa as defesas do hospedeiro e afeta a função imunológica pela deficiência funcional dos linfócitos, granulócitos e macrófagos.
    Estudos experimentais comprovam que a deficiência de aminoácidos isolados interfere na imunidade devido à redução na síntese de anticorpos. Os aminoácidos: valina, arginina, triptofano, metionina, cisteína, treonina, tirosina e fenilalanina, parecem ser vitais para a produção normal de anticorpos.
    A desnutrição leva a graus de sintomatologia identificada por caquexia, a qual se apresenta clinicamente como:
  • perda de peso em graus variados;
  • deficiência de nutrientes específicos;
  • atrofia músculo-esquelética;
  • fraqueza e diminuição da capacidade funcional;
    O metabolismo de proteínas é o principal fator desencadeante da caquexia. Ocorre o catabolismo proteico, depleção de massa corporal magra, muscular e visceral, balanço nitrogenado negativo, turnover proteico aumentado, síntese proteica hepática e tumoral aumentadas e consequentemente hipoalbuminemia.
    Nesses pacientes, também podem ocorrer alterações no metabolismo lipídico, como diminuição da gordura corporal e da lipogênese, aumento de lipídios circulantes e aumento da lipólise. Isto ocorre devido à queda na atividade da enzima lipase lipoprotéica e liberação de fatores tumorais lipolíticos.
    Esta hiperlipidemia tem efeitos imunosupressores, sendo que, o grau dessas modificações no metabolismo lipídico dependem do tipo de tumor.
    As alterações no metabolismo de carboidratos incluem intolerância à glicose e resistência insulínica periférica. Em outras palavras, a progressão do câncer acarreta dificuldades no controle glicêmico (altas taxas de glicose no sangue).
    Também são evidenciadas no paciente oncológico, a deficiência de vitaminas e eletrólitos, assim como principais fatores alterados, o aumento de sódio corporal total e diminuição do potássio.
    Pressupostos teóricos sugerem que o uso de dietas ricas em nutrientes imunomoduladores como ácidos graxos ômega - 3, arginina, glutamina e nucleotídeos, seriam benéficos aos pacientes desnutridos, principalmente àqueles acometidos com doenças críticas.
    O uso do ácido eicosapentaenóico (EPA), que é um tipo de ácido graxo ômega-3, mostra redução na perda de peso e aumento da massa magra, melhorando a capacidade funcional, o estado nutricional e a qualidade de vida. Também inibiria a síntese de citocinas inflamatórias e a carcinogênese em culturas de células de câncer de mama, cólon e pâncreas.
    Estudos sugerem ainda que a suplementação de arginina contribui na manutenção do balanço nitrogenado positivo, possivelmente devido à sua participação na síntese proteica, biossíntese de aminoácidos e ciclo da uréia.
    Apesar disto, estudos realizados em humanos mostram-se controversos, sendo necessária a realização de outros estudos a fim de estabelecer a segurança na sua suplementação.
    Embora a arginina seja um aminoácido não essencial, ou seja, nosso organismo é capaz de produzí-la em estado saudável, esta é considerada um aminoácido semi-essencial em situações clínicas especiais como períodos de septicemia, trauma ou câncer.
    A mucosite oral é muito comum em pacientes com câncer de cabeça e pescoço, que realizam tratamento radioterápico ou quimioterápico, o que dificulta a ingestão alimentar devido à dor causada pelo processo inflamatório.
    A radioterapia, quando aplicada na região da cabeça ou pescoço, dependendo da dose de irradiação, tempo de tratamento, volume de tratamento e dose de distribuição e do uso concomitante de outras terapias, pode produzir efeitos reversíveis e irreversíveis nos tecidos. Estes efeitos deletérios ocorrem nas glândulas salivares, ossos, dentes, mucosas da boca, músculos e articulações, combinando a perda de células e o dano à vascularização local.
    A glutamina (L-GLN) é um aminoácido de importância por ser fonte energética para os macrófagos, linfócitos e demais células do sistema imunológico. É também o aminoácido livre mais abundante no plasma e no tecido muscular, sendo também encontrado em outros tecidos.
    É considerado essencial em situações hipercatabólicas, onde há balanço nitrogenado negativo e elevação de quebra proteica, assim como em estados de imunodeficiência comuns em portadores de neoplasias.
    A presença de um tumor altera o metabolismo de glicídios, lipídios e proteínas, alterando também as necessidades nutricionais do paciente.
    Tanto a quimioterapia quanto a radioterapia contribuem para a desnutrição proteico-calórica nesses pacientes, devido à ocorrência de náuseas, vômitos, diarréias, mucosite, febre, disfagia (dificuldade de deglutir), alterações no paladar e no olfato, levando à perda de massa corporal.
    A gravidade dos efeitos da radiação depende da área tratada, do volume, da dose e do tempo de tratamento.
    A mucosite ocorre em todos os pacientes em tratamento na área de cabeça e pescoço. Porém, pode ocorrer nos graus I, II, III ou IV. Os graus mais avançados geralmente ocorrem em pacientes que não fazem acompanhamento nutricional adequado ou que não fazem uso de suplementação, como por exemplo, a glutamina.
    Considerado um nutriente imunomodulador, a glutamina é considerada o principal combustível oxidativo da célula epitelial, principalmente do enterócito jejunal. É precursor de purinas, pirimidinas e fosfolipídios; substrato fundamental para as células do sistema imunológico e outras de rápida divisão; influencia no estado de hidratação celular, na função intestinal e no metabolismo de proteínas.
    As condições hipermetabólicas são acompanhadas por intensa mobilização de glutamina e, nessas situações, ela passa a ter um papel fundamental na redução da morbidade e mortalidade. Sua suplementação pode ainda abrandar os efeitos tóxicos da quimioterapia e radioterapia, aumentando a tolerância aos efeitos colaterais.
    A utilização de aminoácidos de cadeia ramificadas (BCAA) também apresentaram relevância no tratamento na anorexia, estimulando o apetite em estudos realizados em seres humanos com câncer.
    Enfim, o acompanhamento nutricional adequado e precoce favorece o tratamento do câncer. Pode-se lançar mão de nutrientes poderosos e eficientes em estados iniciais ou críticos. O estado nutricional do paciente, assim como sua função imunológica, são fatores de extrema importância. Por isso, tenha a nutrição como parte substancial do seu tratamento!






segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Estresse no trabalho engorda!!!


Você sabia que trabalho estressante provoca vontade de comer alimentos que como açúcares e gorduras?


Uma recente pesquisa realizada nos Estados Unidos com cerca de seis mil pessoas revelou um dado curioso: quase a metade dos entrevistados, mais especificamente 44%, disseram que engordaram em seu emprego atual. 

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As mulheres parecem mais propensas ao aumento de peso: 50% afirmaram ter engordado, contra 39% dos homens. Além do sedentarismo, o ambiente estressante no trabalho foi apontado como outro grande vilão para o aumento de peso. 

A relação entre o ambiente estressante no trabalho e o aumento de peso é facilmente explicável: "O estresse durante a atividade profissional faz com que a pessoa tente compensar na hora de se alimentar, escolhendo comidas que dão mais prazer, concentradas em açúcar, gordura e sal". 

DICA para aqueles que querem controlar o aumento de peso: A falta de água é um problema grave. Ao atender a necessidade da sede, se controla também o da fome. 
Quem bebe mais água come menos. Em um país tropical , temos tudo para ter uma alimentação saudável. É preciso controlar a quantidade do alimento ingerido. Feijão com arroz, no máximo três colheres de sopa. 
Ninguém compra sapato maior que os pés, respeitamos o tamanho deles, mas com o estômago não fazemos o mesmo

Anvisa suspende ação cautelar sobre achocolatado

Lote da bebida não foi comprometido por ações da empresa Itambé e perícia aponta ação criminosa de envenenamento do produto

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A interdição cautelar do lote M4 do achocolatado Itambezinho, da marca Itambé foi suspensa pela Anvisa. A medida está publicada no Diário Oficial da União desta próxima segunda-feira (5/9) e revoga a Resolução 2.333/2016, publicada no DOU do dia 29 de agosto. Ou seja, o produto está liberado para comercialização e consumo no país.
Confira a resolução RE 2.402/16, publicada no DOU desta segunda-feira (05/09), que retira a interdição sobre o Itambezinho.
A interdição cautelar do lote foi motivada para averiguar se haveria relação entre o óbito de uma criança e o consumo do produto. Investigação da Polícia Judiciária Civil em conjunto com a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) de Mato Grosso revelou adulteração do achocolatado que foi consumido pela criança por meio de injeção de inseticida em cinco unidades.
A Anvisa reitera que a empresa Itambé Alimentos S/A não foi responsável pelo ocorrido e que a hipótese de contaminação decorrente do processo de fabricação do produto está descartada. Assim, com a publicação da resolução, o lote do produto poderá ser comercializado normalmente.

É de responsabilidade da Agência tomar medidas preventivas sempre que há casos de dúvida a respeito das condições sanitárias de alimentos, medicamentos, cosméticos e outros produtos. Assim, a interdição cautelar do lote mostrou-se necessária até o esclarecimento do caso.

Adição de ferro e ácido fólico em farinhas em discussão


Anvisa abre consulta pública para atualizar proposta sobre o enriquecimento obrigatório das farinhas de trigo e milho com ferro e ácido fólico

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A Anvisa abre, nesta quinta-feira (15/9), a Consulta Pública para tratar sobre o enriquecimento obrigatório das farinhas de milho e trigo com ferro e ácido fólico pelas empresas alimentícias, agricultores familiares e microempreendedores individuais. O texto da proposta visa reunir contribuições para atualizar a RDC 344/2002, que instituiu a adição obrigatória no Brasil.
A proposta determina o tipo de composto, a quantidade e a forma de rotulagem dos produtos enriquecidos com os nutrientes. A melhoria obrigatória das farinhas para consumo humano é uma das estratégias do Ministério da Saúde para reduzir a prevalência de anemia por deficiência de ferro e prevenir as Doenças do Tubo Neural.
O texto da Consulta Pública determina que as farinhas devem conter, até o vencimento do prazo de validade, teor igual ou superior a 4mg de ferro por 100mg de farinha. Uma das novidades é a proposta que restringe os compostos que podem ser utilizados como fonte de ferro a quatro fontes, que são as mais eficientes do ponto de vista da saúde humana:
  • Sulfato ferroso
  • Sulfato ferroso encapsulado
  • Fumarato ferroso
  • Fumarato ferroso encapsulado
A norma em discussão prevê um prazo de 18 meses para que os fabricantes se adequem à norma, sendo que os agricultores familiares ou microempreendedores individuais terão um prazo de 36 meses.

Como contribuir?

Os interessados em participar devem enviar as sugestões para a Consulta Pública até 14 de novembro.
Para ver a proposta completa e participar acesse a página da Consulta Pública sobre adição de ferro e ácido fólico.
Após o fim do prazo, o processo seguirá para análise técnica e apresentação de proposta final que será examinada pela Diretoria Colegiada (Dicol) da Anvisa. 


Abertas consultas para a regulação de lactose

Abertas para sugestões, as Consultas Públicas sobre declaração obrigatória de lactose nos rótulos dos alimentos e a classificação desses alimentos.

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A Anvisa recebe, a partir desta segunda-feira (03/10), contribuições de toda a sociedade para as Consultas Públicas 255 e 256 sobre os requisitos para a declaração obrigatória de lactose nos rótulos dos alimentos e a referente a classificação dos alimentos para dietas com restrição de lactose. O prazo para envio de comentários e sugestões sobre as propostas de RDC será de 30 (trinta) dias. 
A primeira proposta de regulação dispõe sobre a obrigatoriedade de declaração de lactose nos rótulos de alimentos, incluindo as bebidas, os ingredientes, os aditivos alimentares e os coadjuvantes de tecnologia. Ainda, os alimentos embalados na ausência dos consumidores, inclusive aqueles destinados exclusivamente ao processamento industrial e os destinados aos serviços de alimentação.
A segunda propõe a alteração da Portaria SVS/MS n. 29, de 13 de janeiro de 1998, que aprovou o regulamento técnico referente a alimentos para fins especiais, para incluir classificações de alimentos para dietas com restrição de lactose. Na proposta de inclusão dos artigos, são classificados o que é alimento com lactose, alimentos isentos de lactose e alimentos com baixo teor de lactose, por exemplo.

O que muda

Pela proposta de regulação, por exemplo, os alimentos classificados “Isentos de lactose” são aqueles que contêm quantidade de lactose igual ou menor a 10 (dez) miligramas por 100 (cem) gramas ou mililitros do alimento pronto para o consumo, de acordo com as instruções de preparo do fabricante (NR). Esses devem trazer a declaração “isento de lactose”, “zero lactose”, “0% lactose”, “sem lactose” ou “não contém lactose”, próxima à denominação de venda do alimento. 
Já os classificados como “Baixo teor de lactose” são os que contêm quantidade de lactose maior que 10 (dez) miligramas por 100 (cem) gramas ou mililitros do alimento pronto para o consumo. Devem trazer a declaração “baixo teor de lactose” ou “baixo em lactose”, próxima à denominação de venda do alimento. 
Os rótulos de alimentos com lactose devem trazer a declaração “Contém lactose” imediatamente após ou abaixo da lista de ingredientes com caracteres legíveis que atendam aos requisitos descritos.

Acesse as Consultas Públicas de lactose

CP  255/16 Obrigatoriedade de declaração de lactose
CP 256/16 Define o que é Isento de Lactose
Em caso de limitação de acesso do cidadão a recursos informatizados, será permitido o envio e recebimento de sugestões por escrito, em meio físico, durante o prazo de consulta, para o seguinte endereço: Agência Nacional de Vigilância Sanitária/Gerência-–Gerência-Geral de Alimentos - GGALI, SIA trecho 5, Área Especial 57, Brasília-DF, CEP 71.205-050.  
As contribuições internacionais poderão ser encaminhadas em meio físico para o seguinte endereço: Agência Nacional de Vigilância Sanitária/Assessoria de Assuntos Internacionais (AINTE), SIA trecho 5, Área Especial 57, Brasília-DF, CEP 71.205-050.  

Suspensa propaganda de dois suplementos vitamínicos

Dois suplementos vitamínicos foram suspensos após divulgação de propaganda de propriedades de saúde não permitidas

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A Anvisa determinou a suspensão de todas as propagandas dos produtos Suplemento Vitamínico e Mineral Modulare / Picolinato de Cromo, distribuído e divulgado pela empresa Mafi Distribuidora Ltda e do produto Suplemento Vitamínico e Mineral Optimemory e Novo Alimento, 60 cápsulas. 
A medida foi motivada pela divulgação de propaganda irregular dos produtos, atribuindo propriedades de saúde não permitidas nos alimentos.

As Resoluções RE 2.674/16 e RE 2.675/16, publicadas nesta segunda-feira (03/10) estão disponíveis no Diário Oficial da União (DOU).

Palmitos Liberados

A Anvisa revogou a Resolução RE n. 3.363 e RE n. 3.364 liberando a fabricação, distribuição e comercialização de todos os lotes do produto Palmito em Conserva da marca Conservas Serra Azul, fabricado por Elizete Lummertz Borges e da marca Conservas Manzan, fabricado por Celso Alvino Mansan.

A Vigilância Sanitária do Estado do Rio Grande do Sul atestou que as empresas estão aptas para o funcionamento, motivando a decisão de revogar as Resoluções. 
As novas medidas estão disponíveis no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (03/10).

Empresas são consultadas sobre nutrição enteral


a subsidiar a decisão sobre qual o prazo necessário para adequação das fórmulas para nutrição enteral às novas regras de aditivos alimentares, a Anvisa faz uma consulta voltada às empresas que possuem registro de fórmulas válidos na Agência. O formulário para coleta de informações já está no Portal e ficará disponível até o dia 14/10/2016Resultado de imagem para enteral.


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O objetivo da coleta de dados é complementar as informações recebidas pela Consulta Pública n. 108/2014, de forma a identificar os produtos que deverão passar por ajustes em suas fórmulas, bem como as atividades necessárias para que as empresas possam implementar essas modificações. 
Ainda, estabelecer uma lista específica de aditivos alimentares que podem ser utilizados em fórmulas para nutrição enteral, já que são produtos destinados a populações mais vulneráveis. 

Saiba mais sobre a CP n. 108/2014

Em 2010, a Anvisa iniciou o processo de revisão da Portaria n. 449/99, que trata dos alimentos para nutrição enteral. Duas propostas de resoluções já foram publicadas: a Resolução RDC n. 21/2015, que dispõe sobre o regulamento técnico de fórmulas para nutrição enteral, e a Resolução RDC n. 22/2015, que aprova o regulamento técnico de compostos de nutrientes e de outras substâncias para fórmulas para nutrição enteral e dá outras providências. 
Dando continuidade a esse processo, foi elaborada uma proposta de resolução de aditivos alimentares autorizados para uso em fórmulas para nutrição enteral, que foi submetida à Consulta Pública (CP n. 108/2014) entre 17/12/2015 a 19/02/2016. É essa proposta que está em fase de consolidação. 
Atualmente, a legislação sanitária utiliza como referência a resolução de aditivos alimentares para bebidas não alcoólicas (Resolução da Diretoria Colegiada – RDC n. 5 de 2007), com base no item 5 da Portaria n. 449/99, o qual estabelece que “é permitido que os Alimentos para Nutrição Enteral utilizem aditivos e coadjuvantes de tecnologia nos mesmos limites previstos para os alimentos convencionais similares, desde que não venham a alterar a finalidade a que o alimento se propõe”.
Por isso, é necessário estabelecer uma lista específica de aditivos alimentares que podem ser utilizados nesses alimentos. Esse tipo de produto pode ter um padrão de consumo diferenciado, em que a fórmula para nutrição enteral se constitui muitas vezes a única fonte de alimentação de um indivíduo. Além disso, também é necessário avaliar caso a caso, além da segurança, o atendimento a outro requisito básico: a necessidade tecnológica de uso (Portaria n. 540/1997).

domingo, 4 de dezembro de 2016

Perguntas e Respostas sobre Nutrição em Diálise

Perguntas e Respostas sobre Nutrição em Diálise


Alimentação em Diálise

O que é uma alimentação saudável?
Entende-se por alimentação saudável aquela planejada com alimentos de todos os tipos, de procedência conhecida, preferencialmente natural, preparada de forma a preservar o valor nutritivo e os aspectos sensoriais. Os alimentos selecionados devem ser aqueles que a família tem o hábito de comer, adequados em quantidade e qualidade para suprir as necessidades nutricionais e calóricas.
Para pessoas que fazem diálise, isso é ainda mais importante, porque a correta alimentação interfere no tratamento dialítico, mas essas pessoas precisam saber que alguns cuidados devem ser tomados para que a saúde fique em dia.
Por que a dieta é tão importante para pessoas que fazem diálise?
Quando os rins não funcionam, substâncias como potássio, fósforo, uréia, sódio e água vão se acumulando no sangue. A maior quantidade destas substâncias causa problemas no corpo como fraqueza nas pernas, diminuição do crescimento, palidez da pele, coceira no corpo todo, cansaço fácil, inchaço e diminuição da urina.
A alimentação é responsável por fornecer estes nutrientes em quantidades adequadas para manter um bom estado nutricional.
A diálise não tira todas estas substâncias?
A diálise ajuda muito, mas não trabalha 24 horas por dia como o rim saudável. Então, não dá para tirar todo o excesso desses nutrientes.
É necessário excluir alguns alimentos da minha alimentação?
Primeiro converse com o seu médico para saber como estão os seus exames de sangue e depois fale com o nutricionista para receber uma orientação nutricional.
Então, como ter uma alimentação equilibrada?
Em primeiro lugar devemos conhecer a função dos alimentos e os nutrientes que, se não controlados, podem fazer mal ao nosso corpo.

Pirâmide Alimentar

Você conhece a pirâmide alimentar?
A pirâmide Alimentar é a representação gráfica do Guia Alimentar e constitui uma ferramenta prática que permite a seleção de uma alimentação adequada e saudável.
Quantos grupos tem a pirâmide alimentar?
A pirâmide é composta por quatro grupos alimentares. Vamos responder um pouco sobre eles.

 
Grupo dos Alimentos, fontes adicionais de energia

São alimentos que fornecem energia para o corpo, mas devem ser consumidos em pequenas quantidades, pois são ricos em gordura e açucares, mas pobres em outros nutrientes como vitaminas e minerais.
Estamos falando de doces, dos chocolates, da banha de porco, da manteiga, da margarina, do creme de leite, do sorvete e de muitos outros.
Grupo dos alimentos construtores
São alimentos com muitas proteínas. Elas são utilizadas no crescimento, na cicatrização e nos sistemas de defesa do corpo. Os exemplos que logo vem à cabeça são a carne bovina, o frango, o peixe, os ovos e o leite, as leguminosas como feijão, lentilha, ervilha, grão de bico e até a soja.
É neste grupo de alimentos que se encontra o fósforo.
Grupos de alimentos energéticos
São os alimentos responsáveis pelo fornecimento de energia para o organismo. Alguns exemplos são o arroz, o macarrão, a batata, o milho verde, a mandioca, as farinhas, os pães e os biscoitos.
Grupos dos alimentos reguladores
São os alimentos responsáveis pelo fornecimento de nutrientes que ajustam o funcionamento geral do corpo, como vitaminas, sais minerais e fibras. Os exemplos desse tipo de alimentos são as frutas, as verduras e os legumes.
É neste grupo de alimentos que encontramos o potássio.

Proteínas

Eu devo controlar a quantidade de proteínas nas minhas refeições?
Depois de ingeridas, as proteínas fornecem ricos nutrientes, mas esse processo deixa um produto final, a já citada uréia. Quando se acumula no corpo, ela provoca uma série de sintomas como náuseas, vômitos e falta de apetite.
Durante a diálise, o excesso de uréia é retirado, mas essa eliminação não é total. Então, para não haver acúmulo, é preciso equilibrar a quantidade de proteínas que se come e a de uréia produzida.
Não seria melhor ficar sem comer proteínas, então?
Não, a falta de proteína no organismo pode levar a desnutrição e causar complicações, deixando seu organismo mais fraco e com maior risco de infeção.
Como os alimentos ricos em proteína – carne em geral, ovos, leite e substitutos – são fontes do mesmo tipo de nutrientes, é recomendável que você coma apenas um deles por refeição.

Veja na tabela abaixo os alimentos que são fontes de proteínas
Tabela 1 – Teor de proteínas de acordo com o valor biológico de alimentos usualmente consumidos

Potássio

Qual a função do potássio para o nosso organismo?
O potássio é um elemento fundamental para o funcionamento dos músculos de todo o nosso corpo, inclusive os do coração. É essencial também para as células nervosas. Seu excesso, porém, pode trazer complicações sérias. Nos músculos, causa fraqueza ou cãibras enquanto, no coração, enfraquece os batimentos ou até provoca parada cardíaca. Por isso, mesmo para quem faz diálise, é importante restringir a ingestão de alimentos ricos em potássio. Alguns exemplos que você deve conhecer estão na próxima tabela.
Tabela 2 – Teor de potássio em porções usuais de alguns alimentos. Alimentos com pequena e média quantidade de potássio

Outros alimentos com elevada quantidade de potássio são frutas secas, tomate seco, extrato de tomate, caldo de cana, frutas oleaginosas (amendoim, castanhas etc.), chocolate, caldas de frutas e compotas e suco de frutas concentrados.
Existe alguma forma de diminuir a quantidade de potássio dos alimentos?
Existe sim. Veja agora algumas medidas e dicas para reduzir o potássio dos alimentos.
O cozimento em água reduz 60% do potássio das frutas e legumes. Portanto, deve-se proceder da seguinte maneira:
– Descasque as frutas ou vegetais
– Coloque em uma panela com bastante água e deixar ferver
– Escorra a água do cozimento
– Refogue como desejar
Atenção: A carambola, além de seu conteúdo de potássio, contém uma substância tóxica ainda não identificada, que pode causar desde soluços até coma e morte em pacientes com DRC. Portanto, esse alimento deve ser abolido da alimentação desses pacientes.

Fósforo

Alimentos com elevada Quantidade de Fósforo

Tabela de composição de alimentos do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.
*Alimentos que estão marcados podem ser retirados da alimentação de pacientes que necessitem de controle da ingestão de fósforo sem que haja prejuízo nutricional significativo. Os demais devem ser reduzidos com calma e nunca excluídos, principalmente para pacientes em diálise.

O que é o fósforo e qual é sua função?
Assim como o cálcio, o fósforo é um mineral e os dois tem função de ajudar a manter os ossos fortes e saudáveis.

O fósforo pode ser encontrado em vários alimentos que contêm também cálcio? 
Como seu corpo necessita de cálcio, mas não pode ter excesso de fósforo, é preciso equilibrar com cuidado a dieta. Muitas vezes, não podem faltar medicamentos. É o caso da vitamina D. Ela facilita o depósito de cálcio nos ossos. Além disso, existem medicamentos que impedem a absorção de fósforo nos intestinos, são chamados de quelantes de fósforo, são eles: carbonato de cálcio, acetato de cálcio, hidróxido de alumínio e sevelamer.
E o excesso de fósforo pode causar algum problema?
O excesso de fósforo no sangue pode causar sintomas desagradáveis como coceira intensa, dores ósseas, fragilidade dos ossos com possibilidades de fraturas ou deformidades. Altos níveis de fósforo também estão relacionados com arteriosclerose (enrijecimento das artérias), doença cardiovascular, acidentes vasculares cerebrais, e má circulação.
O que é importante saber sobre os quelantes de fósforo?
Na natureza, o fósforo está presente em muitos alimentos, principalmente os construtores de que falamos anteriormente. Por essa razão, fica impossível eliminar totalmente o fósforo da dieta. Para ajudar na diminuição do excesso de fósforo, os médicos prescrevem remédios chamados quelantes de cálcio.
Como agem os quelantes no nosso organismo?
No estômago e no intestino, esses quelantes se grudam com o fósforo dos alimentos. Assim, o fósforo é eliminado nas fezes, junto com o quelante, sem ir para o seu sangue.
E como devem ser tomados?
Os quelantes de fósforo devem ser tomados às refeições e aos lanches ou, no máximo, até trinta minutos depois. Se ingeridos com o estômago vazio, não vão ter muito efeito.
A dose é a mesma para todos os pacientes que fazem diálise?
Não. A dose do quelante varia muito. Depende da quantidade de fósforo na refeição ou no lanche. De maneira geral, refeições maiores precisam de uma dose maior. Seu nutricionista e seu médico podem identificar a quantidade de fósforo em suas refeições e assim ajustar a dose.
IMPORTANTE: não se esqueça de levar o seu quelante quando comer fora.
E o cálcio? Deve também diminuir na sua dieta?
Como é comum o nível de cálcio baixar no seu sangue, ele não deve ser limitado em sua dieta. Mas ai é que está a dificuldade. Cálcio e Fósforo são encontrados nos mesmos alimentos. Se diminuir o fósforo na sua dieta, você também reduz o cálcio. Por essa razão, deve tomar suplemento de cálcio na forma de comprimido ou líquido. Assim, seus ossos continuam saudáveis.

Vitamina D

Por que a vitamina D é um nutriente importante no seu tratamento?
Porque ela ajuda o corpo a usar os alimentos consumidos. Facilita a absorção e o uso de sais minerais como cálcio e fósforo, equilibrando a quantidade deles no sangue. Por isso, deixa mais saudáveis os ossos dentes. Poucos alimentos são fontes de vitamina D, entre eles: óleo de fígado de peixe e gorduras de peixes. O leite e seus substitutos (iogurtes e queijos) são fortificados com essa vitamina. No entanto, 90 a 95% das necessidades dessa vitamina podem ser atendidas por meio da fotossíntese de vitamina D na pele. Porém, para ser usada, a vitamina D tem que ser transformada em sua forma ativa que se chamacalcitriol.
E quem a transforma nessa forma ativa?
São os rins. Por isso, pacientes renais, não tem os rins fabricando calcitriol em quantidade certa. Sem calcitriol suficiente, o cálcio e o fósforo perdem seu equilíbrio. O resultado é coceira, dor nas juntas e problemas nos ossos e aumento do PTH. O Calcitriol pode ser tomado como comprimido ou injetável diretamente na linha de diálise (Calcijex®). Seu médico vai avisar quando você deve tomar esse medicamento.

Ferro

Se eu comer alimentos ricos em ferro, a minha anemia acaba?
O ferro é um mineral necessário para a formação do sangue. Os alimentos fontes de ferro são as carnes, os peixes, as aves e alguns vegetais, mas, no caso de pacientes renais, a anemia não se deve ao baixo consumo de alimentos fontes de ferro, mas sim porque os rins não fabricam a eritropoietina. Essa substância estimula a produção do sangue. A falta dela causa a anemia. Pequenos volumes de sangue são perdidos durante as sessões de hemodiálise. Isso reduz a quantidade de sangue e de ferro. Por isso, mesmo recebendo eritropoietina (Hemax®, Eprex®), você vai precisar de um suplemento de ferro (Sulfato Ferroso) para não ter anemia.
Como devo tomar esses suplementos?
Aqui vai uma dica. Quando tomados via oral, os suplementos de ferro devem ser ingeridos entre as refeições. É que o quelante de fósforo pode atrapalhar a entrada do ferro no sangue. Também é importante não tomar os suplementos com leite. Esse alimento atrapalha a absorção do ferro.

Sódio

Sódio é a mesma coisa que sal?
Muitas vezes as palavras “sal” e “sódio” são usadas como se fossem a mesma coisa, mas não são.
O sódio está presente em muitos alimentos, sendo o sal de cozinha sua principal fonte. Um exemplo de alimento que contém sódio é o leite. E nem por isso o leite é salgado. Então, temos que prestar atenção não só no sal, mas também na quantidade de sódio de outros alimentos.
Como saber se um alimento tem sódio se nem sempre ele é salgado?
Na maioria das vezes, ficamos sabendo do sódio lendo a tabela de informações nutricionais presente no rótulo das embalagens.
Abaixo temos um exemplo de rótulo contendo informação nutricional do leite.

Além do sal, em que outros alimentos encontramos o sódio?
Alimentos como vegetais e carnes tem sódio naturalmente, mas, em muitos casos, ele poderá ser acrescentado na forma de sal, como veremos na lista a seguir. Para um bom controle de sódio no corpo, os alimentos enriquecidos com sal devem ser consumidos com moderação ou evitados. Veja a tabela 4.

Tabela 4 – Alimentos com elevado conteúdo de sódio e sal.




Adaptado de EUA / Departament of Agriculture. Human Nutrition Information Service. Composition of foods. Raw, processed prepared foods. Agriculture Handbook nº 8, series 1- 16, 1976-1986.
É possível diminuir o sódio da minha alimentação?
Sim, seguindo as dicas abaixo.
– Use pouco sal no preparo dos alimentos ou, se preferir, prepare tudo sem sal e acrescente 1 g no almoço e 1 g no jantar (1 g = uma tampinha de caneta ou uma colher de café rasa).
– Evite alimentos muito salgados como linguiça, salsicha, carne seca, azeitona, sopas industrializadas e miojo.
– Prefira margarina e manteiga sem sal.
– Diminua a quantidade de sal e temperos de suas receitas. Para não sentir muita diferença no novo tempero, reduza aos poucos a quantidade de sal.
– Use alho, cebola, salsinha, açafrão, pimenta, cominho, manjericão, alecrim, sálvia, orégano, louro, gergelim, cravo da índia, cebolinha, estragão, noz moscada, manjerona, suco de limão, páprica, colorau, pimentão, tomilho ou vinagre.
Como devo diminuir o meu consumo de sódio, posso consumir o sal diet ou light?
Atenção! Muito cuidado com o consumo desses tipos de sal. Alguns deles são ricos em potássio e nem sempre seu uso está indicado.
Por que quem faz diálise tem muito inchaço (edema) nos pés, nas pernas, no abdômen ou na face?
Na insuficiência renal, não é possível eliminar o excesso de sódio do organismo e manter o equilíbrio entre a quantidade de sódio e água no corpo. Isto faz com que a água, que deveria ser eliminada na urina, fique retida. Assim aparece o inchaço (edema). Em situações ainda mais graves, com a retenção de sódio e água no corpo, acontece aumento de peso, piora da pressão arterial (hipertensão arterial), das funções do coração (insuficiência cardíaca) e dos pulmões (edema pulmonar).

Água

A importância da água
A água é indispensável à vida e faz parte de 60% do nosso corpo. Isso quer dizer que mais da metade do nosso organismo é água. Além de ajudar a manter certa a nossa temperatura, ela ainda transporta os nutrientes. Está presente nas frutas, nos sucos, nos refrigerantes, nas frutas aguadas (melão, abacaxi, melancia e outros), nas verduras e nos legumes (tomate, pepino e outros).
Qual é a quantidade de líquidos que devo beber por dia?
Há uma conta fácil de se fazer: 500 mL + volume de urina em 24 horas. Por exemplo, se o seu volume de urina for 300 mL em 24 horas, então você poderá beber 500 mL + 300 mL = 800 mL. Se você não urina mais, o seu limite é de 500 mL ao dia.
Lembre-se que líquidos não são apenas água, mas também o leite, os sucos, o chá, o café, e todos os alimentos que têm, em sua composição, grande quantidade de água, principalmente as frutas, as verduras e legumes.
Portanto, para controlar a sede:
– Evite alimentos com muito sal e muito doce, pois dão mais sede.
– Prefira bebidas e frutas geladas, elas promovem mais saciedade.
– Evite sopas e caldos, porque apresentam grande quantidade de líquidos.
– Defina, na quantidade recomendada de líquidos, o quanto será reservado para a
água. Coloque em uma garrafa para seu melhor controle.
Obedeça com rigor as restrições do volume de água e outros líquidos. Com isso, você só te a ganhar.

Quando eu sentir muita sede, o que devo fazer?
– Faça bochechos com água ou molhe os lábios.
– Chupe pedrinhas de gelo (uma forma tem cerca de 250 mL), mas não se esqueça
de computar a quantidade de gelo ingerida na quantidade de líquidos permitida por
dia.
– Mastigue folhas de hortelã ou cidreira.

Peso

O que é peso intradialítico?
É o peso que você ganha entre uma sessão de hemodiálise e a outra (intervalo dialítico).
O que é o peso seco?
É o peso ideal com que você sai no final de uma sessão de hemodiálise. Com ele, deve se sentir bem, sem inchaços, com a pressão arterial normal e com uma boa avaliação cardiopulmonar.
Quais as consequências de se ganhar peso de uma sessão de hemodiálise para a outra?
Hipertensão, inchaço, falta de ar, edema agudo de pulmão (água no pulmão) são as mais graves. Durante a hemodiálise, podem ocorrer câimbras, hipertensão, náuseas, vômitos e mal estra. Com o tempo, seu coração aumenta de tamanho, o que ocasiona cansaço fácil, falta de ar aos mínimos esforços e incapacidade para realizar as atividades do dia a dia.
Qual o aumento máximo de peso de uma sessão de hemodiálise para outra, sem prejudicar seu tratamento e sua saúde?
O ganho máximo de peso no intervalo interdialítico deve ser de 3% do peso seco. Para calcular o ganho máximo de peso, faça a seguinte conta: multiplique o seu peso seco por 3 e divida o resultado por 100.
Exemplo: Se o seu peso seco for 60 Kg
Peso Máximo
Seu peso seco = 30 x 3 = 180
180 : 100 = 1,80
Seu ganho de peso máximo é = 1 Kg e 800g
Então, se o seu peso seco for 60 Kg, o seu ganho de peso de uma sessão de hemodiálise para outra não pode passar de 1 Kg e 800g.

Como vimos até agora, muitos são os cuidados com alimentação que o paciente renal deve ter. Todavia, mesmo diante de tantas restrições, algumas adaptações nas preparações e receitas do dia a dia podem torna-las saborosas e saudáveis. Desta forma, a alimentação não tem por que deixar de ser uma ocasião agradável.
Muitas pessoas pensam que, quando se prescreve uma “dieta”, é necessário ter uma alimentação diferente, composta por “alimentos especiais” de custo elevado. O receio de tantas mudanças faz com que elas não sigam as orientações dadas. Porém, isto é um engano!
Siga estas dicas pata ter uma alimentação saudável:
  • Escolha uma dieta variada com alimentos de todos os grupos da pirâmide.
  • Dê preferência aos vegetais como frutas, verduras e legumes nas quantidades recomendadas.
  • Fique atento ao modo de preparo dos alimentos para garantia da qualidade final e às preparações assadas ou cozidas em água.
  • Leia os rótulos dos alimentos industrializados para saber o valor nutritivo do que  será consumido.
  • Modifique aos poucos seus hábitos alimentares.
  • Use as tabelas de alimentos deste manual como suas aliadas. Elas servem como referência para escolha de alimentos mais saudáveis e que auxiliam em seu tratamento.
  • Faça suas refeições todos os dias, em horários regulares e em quantidades que saciem sua fome.
  • O ser humano adora se alimentar, descobrir novos sabores e criar novas receitas. Existe um mundo lá fora cheio de possibilidades e você ai provar suas novas descobertas. Pense nas cores, sabores, combinações e faça uma obra de arte com seu estilo pessoal. Você pode ser um gourmet seletivo para pratos que protejam sua saúde renal.

Texto retirado do Livro Perguntas e Respostas sobre Nutrição em Diálise
Dra. Carmen Tzanno Branco Martins e colaboradores


Fonte: SBF (Sociedade Brasileira de Nefrologia