quarta-feira, 4 de julho de 2012

Alimentos fortificados

 

A fortificação de alimentos, como a adição de vitaminas e minerais tem sido utilizada há bastante tempo inclusive pelas indústrias de alimentos. 

A fortificação é uma maneira de suprir a deficiência de micronutrientes, sendo uma alternativa principalmente para regiões e população onde há deficiências nutricionais já existentes.

Estudo recente foi desenvolvido com o objetivo de comparar níveis de hemoglobina e ocorrência de anemia em gestantes antes e depois da fortificação das farinhas. De acordo com os resultados, houve melhora significativa no quadro de anemia após a fortificação das farinhas, porém o estudo não permite atribuir tal resultado apenas à implantação dessa medida, uma vez que a população em estudo apresentou consumo frequente de fontes naturais de ferro e de facilitadores de sua absorção, além de alimentos fortificados.

Outra pesquisa enfoca a contribuição dos alimentos fortificados desenvolvidos a partir do crescente avanço dos conhecimentos científicos, cujas funções vão além da nutrição. De acordo com os dados, os estudos têm demonstrado que a fortificação de alimentos é um dos melhores processos e muito eficaz para prevenir a deficiência nutricional de ferro da população em todo o mundo, por isso, nas condições de países em desenvolvimento, como o Brasil, faz-se extremamente necessária para melhoria, ou, até mesmo, para a solução da anemia carencial ferropriva.

Deste modo a fortificação de alimentos com ferro deve ser realizada pelos órgãos competentes, sendo uma intervenção eficaz na prevenção de anemia.

Fortificação obrigatória – A ANVISA aprovou em 2002, por meio da Resolução Nº 344, o Regulamento Técnico que tornou obrigatória, a partir de junho de 2004, a fortificação das farinhas de trigo e milho com ferro e ácido fólico. A decisão foi tomada após o estabelecimento, em 1999, do compromisso social firmado pelo governo brasileiro, organismos internacionais, indústrias de alimentação e o setor produtivo para a redução da anemia por carência de ferro no Brasil. A falta do mineral pode prejudicar o crescimento e o desenvolvimento motor, além da cognição, prejudicando o aprendizado escolar das crianças. As farinhas de milho e trigo foram escolhidas por serem dois produtos de amplo consumo popular, de baixo custo no país e consumido por crianças a partir do desmame.

Um estudo da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de São Paulo (USP) feito com nove mil gestantes nos serviços de saúde de sete capitais em 2008, porém, mostra que ainda não há evidências de que a medida tenha tido algum efeito no combate à anemia causada pela deficiência de ferro. Resultados parciais da avaliação mostram taxas significativas de redução de anemia apenas em Teresina, no Piauí. Foram analisadas gestantes atendidas antes da fortificação das farinhas e outras que procuraram os serviços um ano depois da medida.

Até o momento, a adição de ferro só se mostrou eficaz em populações com alimentação controlada, como crianças de creches cuja dieta tem grande quantidade de farináceos, como bolachas e pães

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