• Escolar: criança de 7 a 10 anos (início da adolescência).
Pré-escolares
Nessa fase a criança começa a interessar-se mais pelo ambiente que a cerca. O alimento passa então a ter importância secundária, o que aumenta a ansiedade dos pais com relação à alimentação.
É importante deixar a criança explorar o ambiente e intercalar a alimentação entre uma e outra atividade, acompanhando sempre o desenvolvimento da criança, para garantir que não está havendo nenhum prejuízo. É preciso ter tranqüilidade e dar exemplos de bons hábitos alimentares.
Características nutricionais do pré-escolar:
• O sistema digestório é comparável a do adulto, mas o volume gástrico é pequeno;
• O apetite é inconstante, podendo apresentar muita vezes inapetência;
• A criança consegue regular muito melhor a ingestão de alimentos pela sensação de saciedade, então, irá ingerir apenas o que for suficiente .
• A alimentação fica em segundo plano; o alimento é classificado pela cor, forma e quantidade, e por ‘gosto’ e ‘não gosto’.
Causas de inapetência no pré-escolar:
• Maior interesse pelo ambiente;
• Ansiedade dos pais;
• Substituição da alimentação sólida por outras de maior aceitação;
• Horários muito rígidos de alimentação.
Recomendações para a alimentação do pré-escolar:
• Oferecer sempre novos alimentos e voltar a oferecer outros anteriormente rejeitados;
• Dar um intervalo de 2 a 3 horas entre a ingestão de qualquer alimento e o horário das principais refeições;
• Oferecer pequenas quantidades de alimentos nas refeições;
• Fracionar a dieta em pelo menos 6 refeições ao dia;
• Não substituir uma refeição por leite;
• Manter a presença de verduras e frutas nas refeições;
• Respeitar as sobras de alimentos no prato;
• Não utilizar guloseimas como recompensa.
Escolares
Essa fase começa aos 7 anos e termina com o início da adolescência. É quando a criança muda o relacionamento com o alimento, que passa a ter mais importância. O ambiente não tem tantas novidades e ela já convive mais com outras crianças.
Características nutricionais do escolar:
• Aumento do apetite e diminuição da inapetência;
• Maior velocidade de ganho de peso: precede o estirão da puberdade, intenso crescimento que ocorrerá na adolescência;
• Maior tendência ao sobrepeso;
• Aumento da influência externa na seleção de alimentos: as refeições adquirem significado social;
• Grande influência do meio: papel da escola na formação de hábitos alimentares.
É importante observar que a obesidade pode iniciar nessa faixa etária; um dos motivos é o especial interesse que passam a ter por alguns alimentos muito calóricos (como salgadinhos, fast-food, refrigerantes, doces, etc.) cuja ingestão é de difícil controle. Por outro lado, a prática de atividade física é substituída pelo uso do computador, vídeo-game, televisão, pela falta de espaço e segurança.
Caso a criança apresente excesso de peso, essas preferências alimentares inadequadas devem ser controladas; deve-se lembrar, porém, que ao final dessa faixa etária, é comum o escolar ganhar mais peso, pois está se preparando para o estirão da puberdade.
Recomendações para a alimentação do escolar:
• Proibir alimentos pode torná-los ainda mais atraentes; o melhor é ensinar quais são os alimentos mais saudáveis e que devem ser consumidos com freqüência, e limitar o consumo de outros menos saudáveis;
• A mãe do escolar deve observar a alimentação do filho, pois há um maior acesso a refrigerantes, frituras e guloseimas, que podem interferir nas refeições principais, nos hábitos alimentares e, quando em excesso, podem levar ao aumento de peso;
• A família deve ajudar a criança a incorporar novos alimentos, normalmente rejeitados, aos seus hábitos alimentares;
• O escolar normalmente não gosta de levar lanche para a escola, preferindo comprar a seu gosto; isso costuma ser mais cômodo para os pais, mas pode levar à criação de hábitos alimentares incorretos. Nesse caso, é importante limitar os dias da semana em que a criança vai comprar o lanche e os dias em que ela o levará de casa.
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